domingo, 26 de outubro de 2014

FORMAS DE AVALIAÇÃO


FORMAS DE AVALIAÇÃO
A principal função da forma de avaliação é verificar o que o aluno aprendeu e tomar uma base de decisão para aperfeiçoar subseqüentemente o processo ensino-aprendizagem na busca de melhores resultados. Os resultados obtidos pelos alunos na aprendizagem, nos mais diferentes momentos do trabalho, estão diretamente ligados aos procedimentos de ensino utilizados pelo professor. A verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e o final das unidades didáticas visam sempre a diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se ao estudo. Podemos dizer que o aproveitamento do aluno reflete, em grande parte, a atuação didática do professor. Dessa forma, o ato de avaliar fornece informações importantes que permitem verificar diretamente o nível de aprendizagem dos alunos e também, indiretamente, determinar a qualidade do processo de ensino e, conseqüentemente, o sucesso do trabalho docente. Nesse sentido, a avaliação tem uma função de retroalimentação (feedback) dos procedimentos de ensino, ou seja, fornece dados ao professor para repensar e replanejar sua atuação didática, visando o aperfeiçoamento e tendo melhores resultados no ensino –aprendizagem.

A avaliação antes possuía um caráter seletivo, porque era vista como uma forma de classificar e promover o aluno de uma série para outra. Atualmente, a avaliação assume novas funções, sendo um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos, logo, a avaliação assume uma dimensão orientadora.

“No que se refere às funções da avaliação da aprendizagem, importa ter presente que ela permite o julgamento e a conseqüente classificação, mas essa não é a sua função constitutiva. É importante estar atento à sua função ontológica (constitutiva), que é de diagnostico, e, opor isso mesmo, a avaliação cria a base para a tomada de decisão, que é o meio de encaminhar os atos subseqüentes, ma perspectiva de busca de maior satisfatoriedade nos resultados”. (Luckesi 2003, p. 176).

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória).
             
a) A avaliação diagnóstica é aquela que ao se iniciar um curso ou um período letivo, dado à diversidade de saberes, o professor deve verificar o conhecimento prévio dos alunos com a finalidade de constatar os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que os educandos possuem para o preparo de novas aprendizagens.

“Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta   concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com uma concepção pedagógica progressista”. (Luckesi 2003, p.82)

             Este tipo de avaliação é utilizado objetivando determinar a forma pela qual o educador deverá encaminhar, através do planejamento, sua ação educativa. Estabelecerá os marcos  para tornar o processo de aprendizagem mais exeqüível e eficaz. Pode ser considerado como sendo o ponto de partida para todo trabalho a ser desenvolvido pelo educador. Em função de ocorrer antes e durante o processo ensino-aprendizagem e tendo diferentes finalidades. Sendo realizada antes do processo, objetiva sondar se o aluno apresenta os comportamentos necessários para que a aprendizagem possa ser iniciada. Ocorrendo durante o processo, será utilizada para identificar as causas das falhas de aprendizagem e possibilitar a implementação de recursos para corrigi-las.

            Podemos observar que a avaliação diagnóstica possui três objetivos. O primeiro, é identificar a realidade dos alunos que irão participar do processo. O segundo, é verificar se os alunos apresentam ou não habilidades e/ou pré-requisitos para o processo. O terceiro propósito está relacionado com a identificação das causas, de dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim o educando poderá rever sua ação educativa para sanar os problemas.

b)  A  avaliação  formativa  é aquela  com  a  função controladora sendo realizada   durante   todo  o  decorrer  do   período  letivo, com o intuito de  verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos. Logo, a a avaliação formativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de prosseguir para uma outra etapa subseqüente de ensino-aprendizagem, os objetivos em questão. É através  da avaliação formativa que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para um estudo sistemático. Essa modalidade de avaliação é orientadora, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor . É motivadora porque evita as tensões causadas pelas avaliações.

      Pellegrini  (2002, p.26)  informa que:   “No   modelo  de avaliação, a ênfase
está no aprender, gerando uma mudança em todas os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividades e o próprio jeito de avaliar a turma. Na avaliação formativa não há como pressuposto ou premiação. Prevê que os estudantes possuem processo e ritmos de aprendizagem diferentes”.

A avaliação formativa permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, orientando-o na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Ela deve ser planejada em função dos objetivos, deste modo o docente continuará seu trabalho ou irá direciona-lo, de modo que a maioria dos alunos alcance. “Ë formativa no sentido em que indica como os alunos se modificando em direção aos desejados”. (Bloom,  Benjamin 1971). Logo, para que a avaliação formativa possa se processar, devemos:

- Saber   o   que   se   quer  avaliar e a finalidade dos resultados.   Nesse sentido  deve-se  avaliar  os objetivos atingidos pelos alunos e quais os resultados que alcançaram;

- Obter as  evidências que  descrevem   os  eventos  que  nos   interessa. Goldberg (1978, p.15), faz a  seguinte   argumentação: “A   avaliação educacional é o processo de coletar, analisar  e  interpretar evidências relativas à eficácia e eficiência de programas educacionais”.

- Determinar    critérios    conforme    os    níveis   de   aproveitamento   e
               diagnosticar  os  resultados  corrigindo as falhas do  processo    ensino-
              aprendizagem. Landsheere (1976, p. 254),  faz  a  seguinte explanação:
               “Seja  qual  for,  a avaliação  formativa  tem  por  único fim reconhecer
               onde  e  em  que o aluno sente dificuldade e procurar informa-lo.  Esta
               avaliação    não   se   traduz   em nota, nem muito menos em “scores”.
               Trata-se de um “feedback  para o aluno e para o professor”.

 - Emitir  um   juízo   de valor  que sirva de base para ações futuras. Neste
              aspecto, Nérice (1992) faz a seguinte consideração:

“Avaliação é o processo de ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido durante um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Pode-se dizer, então, que não pode haver avaliação sem que antes tenha havido verificação. Verifica-se antes de avaliar. Uma prova, seja de que modalidade for, tem por objetivo fornecer dados sobre os quais se possa emitir um juízo de valor”. Nérice (1992. p. 311).

 De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é determinado que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Nesse sentido a avaliação é um meio ou instrumento de controle da qualidade objetivando um ensino de excelência em todos os níveis de todos os cursos.

c) A avaliação somativa  tem por função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino, classificando os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.
 
No momento atual a classificação do aluno se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por parâmetro os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa “objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso”.  Essas três formas de avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência do sistema de avaliação e a excelência do processo ensino-aprendizagem.
 
 
 
 

A avaliação diagnóstica fornece ao educador informações para que possa por em exercício a idealização de forma adaptada às características de seus educandos.
A avaliação é formativa no significado de que aconselha como os alunos estão se transformando em direção aos objetivos almejados. Nessa modalidade, o educador acompanha o estudante metodicamente ao longo do processo educativo, podendo saber, em determinados períodos, o que o aluno já aprendeu em face dos escopos indicados, ou numa analise crítica à educação tradicional, em face dos conteúdos trabalhados.
A avaliação somativa promove a definição de escopos, freqüentemente se baseia nos conteúdos e procedimentos de medida, como provas, teste objetivo, dissertações-argumentativas. Colabora para a avaliação somativa, tanto a avaliação diagnóstica quanto a avaliação formativa, que a avaliação da aprendizagem é um ciclo de intervenções pedagógicas de um mesmo processo.

 
 
 
 

 
 


 

 

 

 

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