domingo, 26 de outubro de 2014


Avaliação:Uma Perspectiva Emancipatória

                  Desafio da Ética na Avaliação 


Jussara Margareth Paula Loch inicia suas análises fazendo duas perguntas, são elas: 
como se manifesta a ética na educação? E é possível perceber essa intencionalidade nos 
praticas pedagógicas? 
Ao entendermos a educação como formação do humano como um acontecimento ético, supomos uma concepção da tarefa pedagógica e portanto da avaliação como radical novidade. Para nós, futuros professores, as respostas para estas perguntas servem de reflexão, são análises pertinentes com relação ao papel do professor, aprendizagem contínua, o autoconhecimento do professor e o processo de avaliação como a construção de cada um e do coletivo. Finalizando seu pensamento , Loch tece uma crítica bastante pertinente com relação a cultura de avaliação no Brasil, para ela mudaram-se as formas de se avaliar o aluno através de testes, provas, provões, mas são mudanças apenas periféricas e não radicais, seria um agir fabricada e manipulador, e o que observamos é um sistema avaliativo que na verdade busca a quantidade e não a qualidade do ensino no Brasil.
Percebemos também que todas as mudanças na prática pedagógica são movidas pelas mudanças na sociedade contemporânea que refletem na prática 
pedagógica aplicada em sala de aula. 
A prática pedagógica precisa ser dinâmica, devido as mudanças na relação entre professor e aluno, movidas pela modernidade que atinge o homem vivendo em sociedade que se refletem no “fazer” educação.

http://www.insite.pro.br/2013/janeiro/resenha_praticasavaliativas_areasdocurriculo.pdf






 Livro - Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida: é Ensinando Que se Avalia, é Avaliando Que se Ensina - Ivo José Both


 




Atualmente, tem-se falado muito em "avaliação", tema que desperta inúmeras opiniões entre alunos, pais, especialistas e educadores. Isso porque, enquanto no passado a escola considerada "de boa qualidade"era aquela que reprovava mais, hoje a escola adequada é aquela que repensou esse modelo educacional e passou a focar seu trabalho no desenvolvimento cognitivo do aluno.
Avaliação Planejada, Aprendizagem Consentida, escrito por Ivo José Both, é um livro que visa à promoção da aprendizagem escolar e retrata a necessidade de o professor estar preparado para avaliar os alunos, de acordo com a particularidade de cada um deles.
Nestas páginas, o autor comenta importantes opiniões existentes sobre avaliação e ensino no Brasil, além de propor o emprego de variados instrumentos avaliativos que podem contribuir com o processo de ensino-aprendizagem e com o domínio de conteúdos aplicados em sala de aula.
Voltada a todos os educadores interessados em aperfeiçoar sua prática, esta publicação, dinâmica e inovadora, faz repensar o verdadeiro papel da avaliação escolar.

Fonte:  http://www.pontofrio.com.br/livros/EducacaoAprendizagem/livrosEducacao/Avaliacao-Planejada-Aprendizagem-Consentida-e-Ensinando-Que-se-Avalia-e-Avaliando-Que-se-Ensina-Ivo-Jose-Both-194312.html?pg=MTk0MzEyfDI3Ljk2NTAwMDAwMDA=&adtype=pla&utm_source=GP_PLA&utm_medium=Cpc&utm_campaign=LIVR_PLA_1&gclid=Cj0KEQjwt7KiBRD9lOePpe_BhrgBEiQAHaS_1zbqMsq-oV2elHT9q1rI0TXajr2fRUsXkiN-Mw6q6wUaAqKd8P8HAQ






REPORTAGEM







Foz do Iguaçu tem a escola municipal com a melhor nota na última avaliação da educação brasileira, o Ideb: é a Escola Santa Rita de Cássia, que atingiu 8,6. A cidade ainda conta com outras escolas bem avaliadas e tem mostrado crescimento das notas a cada avaliação.
Nesse programa, a equipe da Univesp TV mostra quais foram as mudanças que a cidade paranaense promoveu para atingir esses resultados, e mostrar que a escola não só se preocupa com os resultados, mas também com a qualidade do ensino.

Relatos e Experiências Negativas e suas Repercussões sobre Avaliação Escolar


Para proceder à análise distingui as experiências negativas e as positivas visto que a predominância dos episódios negativos sobre os positivos, em cerca de 80%, exigiu que a forma da respectiva apresentação pudesse marcar essa diferença. De acordo com os critérios definidos para a análise e com base nos ensinamentos de Foucault (1994, p.69-204), os fatos negativos relatados pelos sujeitos puderam ser organizados sob dois grandes temas:

  • Práticas necessárias à disciplinação.
  • Exame escolar: da disciplinação à dominação.
Bem, a professora de Geografia, logo na primeira semana de aula avisou que faria uma caixinha com o número de todos os alunos e outra com perguntas dos textos das unidades estudadas. Haveria também uma terceira caixinha com castigos para quem as errasse. ‘Castigos simples’ como: pintar o nariz de vermelho, pôr chapéu colorido. andar para trás por toda a sala, etc... Isso acontecia uma vez por semana com sorteio de cinco números. O nervosismo era terrível e (...)" (1994).
O relato que se segue é elucidativo quanto às práticas disciplinares embutidas nas experiências escolares do aluno:



"Lembro-me, muitas vezes, da ordem e disciplina que o diretor mantinha na escola onde estudei no primário e ginásio, e o pior era que a minha professora do 3º ano primário fazia conosco a mesma coisa exatamente igual ao diretor. Ela nos obrigava a: 1) sentarmos corretamente na carteira sem olhar para trás; 2) copiarmos a matéria com a maior rapidez e, quantas vezes, eu acabava ficando sem a matéria do dia (...)" (1991)(1).
 Este exemplo, como muitos outros analisados, mostra o controle exercido na escola sobre os alunos pelos profissionais que detêm autoridade, com o fim de sujeitá-los. Utiliza-se do detalhamento e do esquadrinhamento do tempo, do espaço e dos movimentos dos indivíduos.
O controle do tempo e das ações que se desenrolam num determinado lapso de tempo também é relatado pelos sujeitos desta pesquisa e se configura como técnica de disciplinação. Por meio da estipulação de um horário e de ordens para serem cumpridas naqueles espaços de tempo, o indivíduo se mantém ocupado utilmente e obtém-se maior eficácia e rapidez dos seus atos. As normas temporais objetivam "acelerar o processo de aprendizagem e ensinar a rapidez como uma virtude" (Foucault, 1994, p.140).
As revelações mais deprimentes dos relatos, do ponto de vista humano, ficam por conta da reação do professor diante do erro e do baixo rendimento do aluno, e da inobservância de regras ou afastamento delas. Ao todo, um terço dos relatos faz alusões às críticas destrutivas, ofensas morais, agressões físicas, punições, ameaças, gritos, perseguição, ridicularização, discriminação, todas praticadas em nome da avaliação.
O excerto do relato que se segue é particularmente eloqüente para denunciar essa prática:



"Na quinta série do 1º grau vivi uma terrível experiência, talvez a mais cruel de todas que um professor pode submeter uma classe.

Sob o tema "Exame escolar: da disciplinação à dominação", reuni todos os fatos relatados que mencionam um conjunto de ações desencadeadas por ocasião da marcação da prova e sua realização, assim como no momento de devolução da prova pelo professor ao aluno.
Com base na configuração da rede das representações da avaliação escolar obtida pela análise, posso concluir que a indignação e o inconformismo dos alunos, características que distinguem o seu discurso sobre a avaliação, referem-se ao papel que a prática da avaliação escolar vem exercendo: - o da NORMALIZAÇÃO da conduta do aluno e do seu processo de conhecimento.

Relatos e Experiências Positivas e suas Repercussões sobre Avaliação Escolar

Os episódios positivos revelados nos relatos dos alunos mostram o reverso do quadro negativo: a prática da avaliação tem caráter contínuo e processual; os instrumentos de avaliação são diversificados; são exigidas habilidades intelectuais complexas e não a memorização; o professor é competente na didática e no conteúdo que ministra; o professor se interessa pela aprendizagem do aluno; dá retorno sobre os trabalhos realizados e orienta a correção dos erros; o professor é "ousado": elimina a prova e reduz a atribuição da nota a mera formalidade sem deixar contaminar o processo.

"Uma avaliação para a vida. Não sei como a professora conseguia isso. Só sei que nos avaliava inseridasnum processo, cada qual no seu nível de maturidade e compreensão. Nunca deixou passar suas palavras e objetivos de aula, desenvolvendo responsabilidadesQuando errávamos, era a primeira a nos trazer para o acerto, como todo bom amigo faz. Excepcional sua avaliação!" (1993).
É importante destacar que nesta etapa da minha escolaridade, os conteúdos da avaliação eram revistoscaso o aluno não atingisse aqueles objetivos e se acontecesse o contrário, o professor dava também um retorno desta produção" (1993).

As repercussões apontadas pelos alunos para as situações positivas de avaliação são extremamente desejáveis. Juntamente com a motivação para estudar e o estímulo para avançar no conhecimento, o aluno faz descobertas fundamentais: ele descobre que aprender não é decorar, que o importante é estudar e produzir conhecimento e não a obtenção da nota; ele constata que, pela mediação dessas experiências positivas de avaliação, ocorreu a aprendizagem: ele descobre que APRENDEU porque não copiou modelos, dialogou com o conhecimento, interagiu com o professor.

"Como prática da vida posso ressaltar minha sétima série, que muito me marcou. Alguns professores nos faziam sentir gratificados de sermos seus alunos, era uma sensação boa de poder levar a sério os estudos e outras atividades paralelas. Foi um ano muito especial. Foi um trabalho gostoso, gratificante, nos tornamos muito amigos, éramos unidos enquanto classe e grupo com os professores. Nunca me esqueço da alegria, da satisfação daquela mistura de atividades, pois gostávamos de estudar, sabíamos separar as coisas.
Acredito ter sido uma ótima experiência, com meus professores, de conhecê-los como eram na escola, em casa. O aluno passa a respeitá-lo como uma pessoa igual a ele, que tem vontades, limites, como uma pessoa normal.
A visão de trabalho em grupo, o respeito mútuo e o consenso nas decisões das atividades são os elementos mais importantes da bagagem positiva que vamos carregar no decorrer do processo contínuo de aprendizagem de vida" (1992).

Em se tratando dos episódios positivos relatados sobre a avaliação escolar, a respectiva narração apresenta uma linguagem fluente cujo pensamento não se encerra abruptamente com o ponto final; ao contrário, deixa em aberto a argumentação como se permitisse acréscimos.
A estrutura lingüística caracteriza-se pela contraposição de idéias formuladas com o recurso do conectivo "mas", tanto no sentido refutativo como argumentativo, ou pelo uso das expressões "Não (isso)... e sim (aquilo)...". O enunciado parte de uma negativa que contém a idéia a ser refutada/argumentada em confronto com a idéia positiva que vem logo a seguir.

"Uma experiência positiva que eu tive foi quando estava na 6ª série. A professora de Ciências não dava avaliações escritas, escolhíamos um tema do livro para apresentarmos e depois montávamos a aula de acordo com o tema. Utilizávamos slides, cartazes, íamos a vários estabelecimentos fazer entrevista, enfim,aprendíamos com mais interesse e vontade" (1992).

A contraposição entre as idéias aparece, também, pela negação da própria lembrança de como se processava a avaliação: a ausência de registro memorizado significa para o aluno ausência de marcas doloridas, de onde ele deduz que tal experiência foi positiva. O processo deixaria marcas apenas se tivesse sido negativo.

"Não me recordo como era feita a avaliação, mas não deveria ser ruim já que não me marcou. Do que eu me lembro é que eu gostava da escola" (1991).

O discurso sobre a avaliação escolar referente aos episódios positivos é marcado pela insistência do aluno em repudiar a prática negativa como meio para expressar a sua gratidão e euforia por estar vivendo uma situação positiva de avaliação. Nesta, o papel essencial da avaliação escolar é o de mediar o processo de aprendizagem e conhecimento do aluno, viabilizado pela interação com o professor e colegas e pelo estímulo à criatividade, à participação e ao uso das habilidades intelectuais complexas.
Nesse contexto, o eixo organizador das representações da avaliação positiva configura-se como:QUALIFICAÇÃO do aluno enquanto sujeito cognoscente e interativo.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-25551997000100015&script=sci_arttext&tlng=es

Avaliação da Aprendizagem

 Atualmente a avaliação da aprendizagem  está sendo voltada para a preparação de exames. Isso acontece porque os sistemas de ensino estão interessados nos percentuais de aprovação e reprovação dos alunos. Com isso, os procedimentos de avaliação se tornam elementos motivadores em busca de resultados.

A forma como a avaliação da aprendizagem  está sendo empregada faz com que os alunos tenham uma atenção centrada no processo de promoção ao final do ano letivo e não na aquisição de conhecimentos. Já os professores utilizam as provas como forma de pressionar os alunos a alcançar os resultados esperados pela escola.
De acordo com Luckesi (1998), a avaliação da aprendizagem está sendo praticada independente do processo ensino-aprendizagem, pois mais importante do que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação vem se tornando um instrumento de ameaça.
Na medida em que a avaliação se centra em provas e exames, não há uma melhoria na qualidade da aprendizagem. Caso seja necessária a utilização de provas, é preciso deixar claro que ela é apenas uma formalidade do sistema escolar.
Uma avaliação que busca a transformação social deve ter como objetivo o avanço e o crescimento do seu educando e não estagnar o conhecimento através  de práticas disciplinadoras. Ela consiste em verificar o que o aluno aprendeu e se os objetivos propostos foram atingidos e se o programa foi conduzido de forma adequada. Deve representar um instrumento indispensável na verificação do aprendizado continuo dos alunos, destacando as dificuldades em determina disciplina e direcionando os professores na busca de abordagens que contemplem métodos didáticos adequados para as disciplinas.
A prática avaliativa tem que centrar-se no diagnóstico e não na classificação. A função classificatória é analisar o desempenho do aluno através de notas obtidas, geralmente registrada através de números. Ela retira da prática da avaliação tudo o que é construtivo. Por sua vez, a diagnóstica constitui-se num processo de avançar no desenvolvimento e no crescimento da autonomia do educando, sendo capaz de descobrir seu nível de aprendizagem, adquirindo consciência das suas limitações e necessidades a serem avançadas.
Ela tem que ter como finalidade fornecer informações sobre o processo pedagógico que permitam aos docentes definir sobre as interferências e as mudanças necessárias na face do projeto educativo. Esse que precisa ser definido coletivamente para que possa garantir a aprendizagem do aluno de forma democrática. É essencial perceber o aluno como ser social e político que possui a capacidade de pensar criticamente sobre seus atos e dotado de experiências, sujeito de seu próprio desenvolvimento.

 Fonte:http://www.infoescola.com/pedagogia/avaliacao-da-aprendizagem/

                 AVALIAÇÃO: MITO OU DESAFIO?

                                                JUSSARA HOFFMANN



Segundo a autora, as práticas avaliativas dos professores “expressam princípios e metodologias de uma avaliação estática e frenadora, de caráter classificatório e fundamentalmente sentencivo”, sendo o fenômeno de avaliação, ainda hoje, algo definido. Hoffmann destaca, também, que há consenso de significado entre alunos e professores quanto a avaliar, considerando que “dar nota é avaliar, fazer prova é avaliar, e o registro de notas denomina-se avaliação”. Outros, ainda, são os significados atribuídos ao termo: “análise de desempenho , julgamento de resultados, medida de capacidade e apreciação do “todo” do aluno”.De acordo com a autora, a avaliação ainda é essencial a educação desde que tenha a perspectiva de ser problematizadora e que vise o questionamento e a reflexão sobre a ação. Diz, também, que “o significado básico da avaliação é a investigação e dinamização do processo de conhecimento.”Hoffmann nos lembra que o Brasil sofreu forte influência norte-americana no que tange a teoria da avaliação educacional, quando a partir dos anos 60 passou a ter como referencial teórico básico nos cursos de formação de professores o modelo RALPH TYLER, conhecido como “avaliação por objetivos”. A autora questiona, entre outras coisas, o que significa testar e medir na avaliação, aparecendo, então através de suas pesquisas discussões variadas, e constantes embates entre os professores acompanhados por ela, cada um procurando defender seus argumentos completamente contraditórios.São, segundo Hoffmann, várias as questões que surgem a partir disso, tais como: Todo o TESTE envolve obrigatoriamente medida? Sempre medimos através de TESTES? A MEDIDA serve para descrever atitudes dos alunos? Toda tarefa do aluno pode ser considerada um TESTE?Para a autora, dentre os diversos fatores que são considerados dificultadores de mudança da prática tradicional da avaliação, sobressai à crença dos educadores de todos os graus de ensino na continuidade da avaliação classificatória como garantia de um ensino de qualidade, que assegure um saber competente aos alunos.Contudo, cabe lembrar que pensando numa escola que classifica segundo critérios rígidos de aprovação ao final de cada série, estabelecidos sem ter como base uma análise séria sobre o seu significado e com uma variabilidade enorme de parâmetros por parte dos educadores, não pode ser vista como garantia de qualidade de ensino.Ainda vale citar que a avaliação feita apenas em momentos específicos (provas, trabalhos isolados, etc.) é tremendamente vaga no sentido de apontar as falhas do processo, pois não mostra as reais dificuldades e facilidades dos alunos e dos professores, não sugere qualquer encaminhamento, porque “ discrimina e seleciona antes de mais nada”.Segundo Hoffmann, a melhoria de qualidade de ensino está embasada principalmente em: ter uma escola que seja para todos; que compreenda as crianças; que tenha o compromisso de torná-las conscientes e que dê a elas o direito de provar o quanto podem aprender e o quanto a sociedade poderá contar com elas: uma avaliação contínua.O que significa promover a avaliação contínua? O termo continuidade significa sequência, processo, gradação. O que vemos muitas vezes nas escolas e que se denomina de “processo avaliativo”. Uma soma de tarefas que resulta numa soma de notas ou conceitos. Ora, o conhecimento não é linear e muito menos calculável - uma etapa que se soma à outra e da qual se calcula um resultado. 
Avaliar é interpretar um percurso de vida do aluno durante o qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões. Avaliar é acompanhar para promover o processo de construção do conhecimento do educando. Processo envolve transformação, evolução, algo que muda de forma e de jeito. O termo subentende dois princípios essenciais em avaliação contínua: provisoriedade e complementaridade. O primeiro significa que toda a resposta ou manifestação do aluno é ponto de partida para novas perguntas ou desafios do professor. Uma só tarefa nunca deve ser tomada como definitiva para se dizer que ele aprendeu ou não algo, porque ele está em “processo de aprendizagem”.
 O segundo – complementaridade –, quer dizer que novas observações que se façam irão permitir compreender melhor o processo em andamento, servirão para complementar a observação do processo. Ou seja, é necessário que se ofereçam aos alunos muitas oportunidades de expressar suas idéias sobre um mesmo assunto ou não que está aprendendo, para observar as hipóteses em construção, e/ou construídas. 
Construção do conhecimento envolve uma visão epistemológica muito diferente da visão bancária, de memorização de conteúdos e de treinamento que ainda perdura em muitas escolas. Tal concepção é pano de fundo para os preceitos aqui defendidos, tal como a visão que se tem sobre a construtividade do erro e das concepções prévias dos educandos. Sem tais fundamentos, não se concebe, de fato, um processo de avaliação contínua nas escolas. 
A avaliação sempre deve estar a serviço do aluno. Isso significa que ela não tem como objetivo determinar as notas a serem enviadas à secretaria, mas acompanhar o caminho que o aluno faz, descobrir suas dificuldades e necessidades e alterar os rumos, se preciso. Ela é constante e a observação do aluno pode ser feita durante trabalhos em grupo, jogos e brincadeiras. Só que o olhar do professor, nesses momentos coletivos, deve ser sempre para cada estudantes. 
Em suma, questiona a padronização (relatórios x registros)  e propõe uma AVALIAÇÃO MEDIADORA / LIBERTADORA (contra a LIBERAL).

Referências:http://franquias.damasio.com.br/wp content/uploads/2011/12/Final_de_Semana_Magisterio_parte_30.pdf



                              

                      Avaliação da Aprendizagem Escolar :

                         Componente do Ato Pedagógico 






                                COMENTÁRIO CRÍTICO 


O Livro Escola, currículo e avaliação, organizado por Esteban, tem o objetivo de promover uma compreensão de que o processo avaliativo está vinculado à relação inclusão – exclusão escolar e social, o que nos faz refletir que os modelos oficiais de avaliação externa por parte do MEC são modelos hegemônicos de avaliação e, portanto, estão alinhados a concepções excludentes do ser humano, de relações sociais, de práticas pedagógicas e da dinâmica escolar. 
A contribuição dos autores com suas teses sobre avaliação na escola nos deixa “pistas e recomendações” para que o processo de avaliação possa e deva vincular-se aos processos desenvolvidos sob a ótica da emancipação social, sendo indispensável a nós, gestores e professores, em qualquer nível de ensino e local de atuação, assegurar estratégias e movimentos para que as práticas de avaliação escolar sejam democratizadas, no sentido de proporcionar espaços significativos para um diálogo profundo num processo coletivo plural, a fim de que os resultados avaliativos possam ser compartilhados entre os sujeitos nele envolvidos. O acesso, a permanência e o sucesso escolar precisam, de fato, serem “verdadeiramente eficazes”. A possibilidade existe porque fazemos parte de ampla rede de educadores que sonham e que têm esperança pelo surgimento de uma escola articulado ao projeto de emancipação social do ser humano, como bem nos ensina a obra organizada por Esteban e que nos alerta para:” é preciso uma redefinição metodológica da avaliação para acompanhar a transformação epistemológica que a emergência de novo paradigma requer e se faça presente na escola” (2005, p. 31). 
É importante esclarecer que optei por elaborar a resenha da obra datada de 2005 e em sua 2ª edição, por ser uma obra que considero inédita no campo da avaliação educacional, ao ponto de recomendar sua leitura a todos os gestores, professores, professoras, pesquisadores e pesquisadoras que atuam na educação infantil, no ensino superior e na pós-graduação lato e stricto sensu. Uma obra que surpreende pela riqueza das fontes e pelo conjunto das informações, e por isso mesmo assinala as possibilidades de transformações profundas no modo de pensar, agir e realizar as práticas de avaliação na escola. 

Referência:http://dialogoseducacionais.semed.capital.ms.gov.br/index.php/dialogos/article/viewFile/18/45
 



Práticas Para Avaliação Escolar - Dicas e Sugestões de Como Fazer

 

Avaliar, valorar, dar valor, fazer avaliação, tudo é muito difícil. A avaliação é, sem dúvida, o campo mais espinhoso da escola. E isso não se deve ao fato de que não sabemos fazer, mas simplesmente porque temos medo de fazer. O medo vem da ideia preliminar de que faremos mal àquele que estamos avaliando caso ele não se sai bem. Assim tenho visto os processos de avaliação acontecerem. Sejam nas empresas ou nas escolas, os avaliadores costumam ter medo do resultado negativo da avaliação quando, na verdade, avaliar é justamente trazer o que tem efetivamente ali à tona, e se assim o é, tanto faz se o resultado for negativo ou positivo. A avaliação será um norteador para novas atitudes e novos procedimentos, todos com a finalidade de melhorar o indivíduo que se encontra no caminhar do processo. Este livro traz um conjunto de instrumentos, sem medo, sem dogmas e sem rodeios. Alunos, professores e diretores escolares estão contemplados. Ele apresenta fichas, relatórios, atividades, modelos de provas, de testes, de avaliação cognitiva e até baterias de exercícios para verificar a aprendizagem a curto e médio prazo. Estas contribuições não têm a intenção de serem totalizantes, mas de apresentar possibilidades concretas no caminho da avaliação que traz benefícios ao aluno. As fundamentações, as intenções, as teorias e os argumentos filosóficos para cada instrumento são apresentados, quando possível, no item denominado – Postura Desejada

Fonte:  http://www.saraiva.com.br/praticas-para-avaliacao-escolar-dicas-e-sugestoes-de-como-fazer-4050766.html

A PRÁTICA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Os textos anteriores focalizaram a avaliação institucional e a avaliação de sistemas. Julgamos necessário agora tratar especificamente da "avaliação da aprendizagem escolar", tema freqüentemente polêmico nas comunidades escolares. Este texto pretende contribuir para levantar alguns pontos das práticas da avaliação escolar.
A avaliação é um processo sistemático e não apenas um resultado.
Como tal, deve acontecer ao longo de todo o período letivo. Desta forma, não faz sentido limitar a avaliação a momentos especiais. Ao privilegiarmos em demasia esses momentos, jogamos toda a luz sobre eles, obscurecendo assim o processo cotidiano da aprendizagem.
A avaliação, quando não restrita ao julgamento sobre sucessos e fracassos dos alunos, é um conjunto de atuações com a função de alimentar, sustentar e orientar o processo pedagógico. Para tanto, ela tem que ser contínua e sistemática, baseada na verificação da aprendizagem do aluno.
A avaliação pode fornecer ao professor subsídios para uma reflexão constante de sua prática, bem como favorecer a utilização de novos instrumentos de trabalho. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades, o que lhe facilitará a reorganização da sua tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar os aspectos das ações educacionais que demandam maior apoio.
No cotidiano das práticas de avaliação nas escolas, o que constatamos é que, às vésperas das avaliações, muitos alunos vão procurar saber `qual é a matéria'. Os conteúdos programáticos se transformam então em algo de que se precisa para `passar', uma espécie de "vale-transporte". Essa é ainda, infelizmente, a realidade mais freqüentemente encontrada em nossas escolas. E, mais uma vez, as crianças mais carentes das escolas públicas ficam em desvantagem, pois não têm como pagar aulas particulares de reforço à aprendizagem.

O que se vê na prática da avaliação do professor, em geral, são procedimentos metodológicos inadequados, onde se utilizam muito mais provas e testes do que outros instrumentos de avaliação, como por exemplo, observações sistemáticas dos alunos. O professor, no dia a dia, está mais preocupado com a questão da medida ou da verificação do que propriamente com a aprendizagem do aluno ou de como trabalhar os conteúdos de forma mais motivadora. Ele está muito mais voltado para a atribuição de notas, coerente com a sua compreensão limitada da avaliação.
É importante lembrar que há diferentes funções que devem ser consideradas em relação à avaliação. O que se encontra ainda muito na escola é a avaliação com funções controladora e classificatória. O professor que usa em sua prática ações punitivas (como por exemplo, tirando pontos do aluno por conta de sua indisciplina em sala de aula) está exercendo a função disciplinadora, controladora. A função classificatória da avaliação predomina quando a única preocupação do professor está em atribuir ao aluno uma classificação, através de notas ou conceitos.
Muito mais importante do que essas funções é a função diagnóstica, que é aquela que detecta as falhas na aprendizagem dos alunos, para que o professor possa saná-las. Ou seja, requer uma atitude do professor para rever seus procedimentos de ensino e atender às necessidades de aprendizagem dos alunos. A avaliação, repetimos, deve ocorrer como um processo sistemático e não apenas como um resultado. Essa é a idéia que precisa ser compreendida e assumida pelos profissionais da educação.
É nessa ótica que entendemos a avaliação continuada, que nada mais é do que a avaliação durante todo o processo de ensino-aprendizagem, cujos objetivos transcendem em muito a tarefa de aprovar ou reprovar. A avaliação continuada previne a repetência, porque ressalta a necessidade de se corrigir as deficiências ao longo do ano letivo. Não faz sentido, assim, aplicar apenas uma prova, seja bimestral ou semestral, depois que todas as aulas já foram ministradas e, com base nesse resultado, decidir pela aprovação ou reprovação dos alunos.
A avaliação continuada se utiliza de vários instrumentos, tais como: provas, testes, trabalhos individuais e de grupo, observações sistemáticas, trabalhos de casa etc.
É importante destacarmos a diferença fundamental que existe entre a avaliação continuada e a promoção automática, já que são tratadas erroneamente como sinônimos. A avaliação continuada é processual e diagnóstica, não pode ser confundida com a promoção automática, mecanismo através do qual são aprovados todos os alunos, ao final de cada período letivo.
Para que a avaliação continuada se efetive, a melhor estrutura curricular é o regime de ciclos e não o de seriação. Na década de 80, houve uma reestruturação do ensino fundamental, com a seriação inicial dando lugar ao ciclo básico com a duração de dois anos. O objetivo era propiciar maiores oportunidades de escolarização voltada para a alfabetização, entendida como um processo que necessita de maior tempo do que o estabelecido na estrutura escolar.
O documento oficial "Parâmetros Curriculares Nacionais" - PCN -(MEC,1997) adota a estruturação por ciclos (e não mais séries escolares). Os parâmetros estão organizados em ciclos de dois anos: o primeiro se refere às primeira e segunda séries; o segundo ciclo, à terceira e à quarta séries; e assim subseqüentemente para as outras quatro séries.
A organização por ciclos possibilita uma maior flexibilidade, necessária para se trabalhar melhor as diferenças entre os alunos. Tende a evitar as freqüentes rupturas e a excessiva fragmentação do processo educativo. Permite a continuidade do processo, porque abre espaço para os professores fazerem adaptações da ação pedagógica às diferentes necessidades dos alunos, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada um.
Para que a avaliação continuada aconteça de fato - e não mascarada pela prática da promoção automática - é vital a existência de uma estrutura que lhe dê sustentação. Tal estrutura inclui o preparo do professor para atuar nesse tipo de prática, condições institucionais de espaço e tempo e, também, a conscientização das famílias. A avaliação continuada de qualidade requer apoio e pode ser mais trabalhosa, mas apresenta vantagens porque permite ações corretivas mais frequentes.
A Prova é apenas uma das formas de se gerar Nota, que por sua vez, é apenas uma das formas de se Avaliar. (Vasconcellos, 1993)
Em relação às diferentes formas de se avaliar, há algumas questões que merecem ainda ser colocadas. Provas e testes não devem ser descartados, mas também não podem ter exclusividade. Há outros tipos de avaliação que devem ser complementares às avaliações do desempenho escolar, tais como a auto-avaliação, que é uma forma do professor dividir a responsabilidade pela avaliação com o aluno e deste desenvolver estratégias de análise e interpretação de sua própria atuação e dos diferentes procedimentos para se avaliar.
A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura para obter informações a respeito dos processos de aprendizagem. É fundamental a utilização de diferentes códigos, como o oral, o escrito, o gráfico, o pictórico, o numérico. Além da prova e do teste, podem-se acrescentar a observação sistemática (através de registros em tabelas, listas de controle, diário de classe etc.) e a análise das produções dos alunos. (MEC, 1997)
Outra questão a se destacar é o entendimento do papel do erro e do insucesso do aluno no processo de aprendizagem. Hoje, há a visão do erro como elemento-chave para identificar lacunas de compreensão e resolvê-las; ao invés da que tratava o erro como motivo para punições e discriminações, afetando negativamente a auto-estima do aluno. É preciso saber trabalhar os erros dos alunos como forma de construção do conhecimento. A correção enérgica do erro provoca medo, culpa e perda de dignidade; três obstáculos à aprendizagem.(Vasconcellos,1993)
A reprovação não contribui em nada para a melhoria da qualidade do ensino.
Não há fundamento para a expectativa de que o aluno que repete vá trabalhar com sucesso os mesmos conteúdos no ano seguinte. Aliás, há várias pesquisas demonstrando justamente o contrário. Existe, na verdade, urgência em revermos nossos critérios e indicadores da avaliação. Estamos, afinal, diante de um fenômeno que desafia a todos : o alto índice de repetência.
A elevada taxa de repetência é um desafio para toda a sociedade brasileira. O fracasso, neste caso, é de todos, extrapola a comunidade escolar e fere a Nação. Os profissionais da educação precisam se conscientizar que esse fracasso não é só dos alunos e suas famílias; ele é fracasso do professor, das equipes técnicas, da direção, da escola, do sistema.
A prática da avaliação da aprendizagem revela, inclusive, que há uma competição entre os professores, principalmente, das séries mais adiantadas do 2o segmento do ensino fundamental e do ensino médio, por quem reprova mais. A idéia é a de que quanto maior o número de "notas vermelhas", melhor é o desempenho (nível de competência e de exigência) do professor. O bom professor - o mais sério, o mais criterioso, o mais competente - é aquele que atribui maior número de reprovações a seus alunos. Raramente, se associa as reprovações ao desinteresse, displicência e incompetência do professor. Nesses moldes, o processo de avaliação não está centrado nem no processo ensino- aprendizagem, nem no "caminho" escolar- de acertos e erros - do aluno. Mais grave ainda é a culpabilização do aluno por não ter aprendido e, por extensão, a de seus pais. É através destas visões distorcidas e totalmente equivocadas que se realimenta um dos mecanismos mais graves de exclusão social.
Por outro lado, muito se tem trabalhado em prol de uma educação de qualidade para todos neste país. Mas há muito o que fazer ainda. Consideramos um avanço significativo se pensarmos - e construirmos na prática - em nossas escolas a avaliação como elemento realmente integrador entre a aprendizagem e o ensino. Como instrumento de reflexão crítica da prática pedagógica e como ferramenta útil à melhor compreensão pelo aluno do seu processo de construção do conhecimento.
O uso de vários instrumentos de avaliação e, principalmente, de avaliação continuada permite que o professor acompanhe passo a passo o aprendizado de seus alunos e imprima o ritmo adequado de cumprimento do programa do curso. Antes de avançar, o professor verifica, por avaliações, se a turma está preparada para isso. O professor deve estar disposto e preparado para situações em que não consegue "sinal verde" para avançar. O desafio é buscar formas diferentes de trabalhar o conteúdo e a escola deve exercer a sua responsabilidade de apoiar, principalmente facilitando o trabalho de equipe dos professores.
Caminho difícil e lento, de atalhos imprevistos e de recomeços inumeráveis, requer firmeza, obstinação e, principalmente, esperança - atributos que não faltam, certamente, aos educadores brasileiros.
Que este texto tenha instigado as reflexões de quem o leu. Não há receitas gerais de sucesso garantido. Na prática pedagógica, como na vida, as coisas não acontecem do jeito mais cômodo, como nos aponta Bertold Brecht : "... pelo mapa / ir é fácil ...", mas sim ao sabor dos versos do poeta espanhol Antonio Machado : `... o caminho se faz ao caminhar..." 

Fonte: http://www.race.nuca.ie.ufrj.br/ceae/m2/complementar3_2.htm


avaliação de aprendizagem formativo ou somativa ?




O programa mostra as diferenças entre as avaliações formativas e as somativas. Como exemplo, destacamos a experiência das escolas municipais de Indaiatuba, no interior de São Paulo.

 https://www.youtube.com/watch?v=G5VEkMf5DRk

AVALIAÇÃO FORMATIVA, DIAGNÓSTICA E SOMATIVA


AVALIAÇÃO FORMATIVA, DIAGNÓSTICA E SOMATIVA
O ano letivo começou, e então você já deve estar pensando, “ começa tudo de novo, e terei os mesmos problemas que tive no ano anterior”. Bem, se essa é a sua atual visão das coisas, quero lembrar que a definição de loucura é “fazer tudo do mesmo jeito e esperar que o resultado saia diferente”. Assim sendo, se você fizer exatamente o que fez no ano passado, certamente colherá os mesmos resultados ao longo deste novo ano.
Ocorreram problemas de indisciplina ? Baixo aprendizado ? Se a resposta foi SIM para uma das perguntas ou para ambas então você precisa repensar a sua prática atual ! E a melhor maneira de fazer isso é perguntar-se: “ como os meus alunos estão chegando ? quem são eles? O que eles já sabem? O que precisam aprender ? como eles poderão aprender melhor ? “.
Lembre-se que  o Planejamento não é sobre você ou suas necessidades. Quem dita o quê e o como,   são os alunos. São as necessidades DELES que precisam ser atendidas. Para isso é preciso investigar e encontrar as respostas para as perguntas que foram feitas anteriormente.
A ferramenta que você usará para responder à essas perguntas é realizando a Avaliação Diagnóstica. Não importa a matéria que você leciona, ou o grau de ensino. Quer seja no Infantil, Fundamental, Médio, Técnico ou EJA, a Avaliação Diagnóstica presta-se ao mesmo objetivo: diagnosticar, verificar e  levantar os pontos fracos e fortes do aluno em determinada área de conhecimento.
É importante frisar que, infelizmente, muitos Professores utilizam apenas prova escrita para a realização desta avaliação. Quando na verdade existem mil e uma maneiras de realizar este levantamento de forma que os resultados sejam mais verdadeiros que aqueles levantados em uma mera prova escrita.
Esta avaliação não se restringe apenas ao início do ano letivo, porém deve ser usada ao longo do processo de aprendizado, para isso lance mão de  dinâmicas, jogos, debates, desafios, apresentações, vídeos, produções musicais, construção de maquetes, resolução de problemas, brincadeiras, criação de blogs, fórum,  etc.
Quando utilizada no início do ano letivo a avaliação diagnóstica fornece dados para que o planejamento seja ajustado e contemple intervenções para retomada de conteúdos, ou realização de encaminhamentos para reforço escolar, e até mesmo para Especialistas (Psicólogo, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo), e quando feita ao longo do ano possibilita que tanto o aluno quanto o Professor possam refletir sobre a utilização de novas estratégias de aprendizado.
Jamais os dados da avaliação devem ser usados para classificar ou rotular o aluno em “aluno bom”  ou “ aluno ruim”. O Professor deve ter em mente que a avaliação oferece um momento de aprendizado para ambos, professor e aluno. Enquanto Professor é possível verificar quais estratégias estão ou não funcionando, além de ser possível constatar quais hipóteses os alunos estão levantando na internalização e construção de determinado conceito.
Já para o aluno, com o devido feedback do professor, torna possível  a compreensão e mensuração do conhecimento adquirido e quais hipóteses são verdadeiras ou falsas, para que o aluno possa descartar as falsas hipóteses e fique focado naquelas que o levarão ao aprendizado do conceito estudado. O feedback do professor lança a luz, clareando  os chamados “ pontos cegos”  em que o aluno se encontra tornando possível, assim, o avanço para a etapa seguinte
do processo.
Nesta etapa a avaliação inicialmente diagnóstica, evolui para uma avaliação formativa, onde  o processo de descoberta  que  induz a  novas elaborações de aprendizado, sempre mediadas pelo professor,  é o que de fato importa e conta.
A Avaliação Formativa é o  tipo de avaliação que deveria prevalecer dentro das Escolas, por ser mais justo e atender de fato às necessidades dos alunos. Infelizmente, o que vemos é o uso da avaliação somativa, cujo único objetivo é meramente alcançar determinada nota para “passar” de ano, os alunos são rotulados pelas notas que alcançam e não são auxiliados onde de fato precisam de ajuda.
Por isso, antes de chegar “ ditando” o que você irá ensinar, comece em “ perguntando” o que os alunos já sabem para levantar o que eles de fato “precisam” aprender.
 
 
A avaliação antes possuía um caráter seletivo, porque era vista como uma forma de classificar e promover o aluno de uma série para outra. Atualmente, a avaliação assume novas funções, sendo um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos, logo, a avaliação assume uma dimensão orientadora.


Caminhos e Descaminhos da Avaliação Educacional


FORMAS DE AVALIAÇÃO


FORMAS DE AVALIAÇÃO
A principal função da forma de avaliação é verificar o que o aluno aprendeu e tomar uma base de decisão para aperfeiçoar subseqüentemente o processo ensino-aprendizagem na busca de melhores resultados. Os resultados obtidos pelos alunos na aprendizagem, nos mais diferentes momentos do trabalho, estão diretamente ligados aos procedimentos de ensino utilizados pelo professor. A verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e o final das unidades didáticas visam sempre a diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se ao estudo. Podemos dizer que o aproveitamento do aluno reflete, em grande parte, a atuação didática do professor. Dessa forma, o ato de avaliar fornece informações importantes que permitem verificar diretamente o nível de aprendizagem dos alunos e também, indiretamente, determinar a qualidade do processo de ensino e, conseqüentemente, o sucesso do trabalho docente. Nesse sentido, a avaliação tem uma função de retroalimentação (feedback) dos procedimentos de ensino, ou seja, fornece dados ao professor para repensar e replanejar sua atuação didática, visando o aperfeiçoamento e tendo melhores resultados no ensino –aprendizagem.

A avaliação antes possuía um caráter seletivo, porque era vista como uma forma de classificar e promover o aluno de uma série para outra. Atualmente, a avaliação assume novas funções, sendo um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos, logo, a avaliação assume uma dimensão orientadora.

“No que se refere às funções da avaliação da aprendizagem, importa ter presente que ela permite o julgamento e a conseqüente classificação, mas essa não é a sua função constitutiva. É importante estar atento à sua função ontológica (constitutiva), que é de diagnostico, e, opor isso mesmo, a avaliação cria a base para a tomada de decisão, que é o meio de encaminhar os atos subseqüentes, ma perspectiva de busca de maior satisfatoriedade nos resultados”. (Luckesi 2003, p. 176).

De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória).
             
a) A avaliação diagnóstica é aquela que ao se iniciar um curso ou um período letivo, dado à diversidade de saberes, o professor deve verificar o conhecimento prévio dos alunos com a finalidade de constatar os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que os educandos possuem para o preparo de novas aprendizagens.

“Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico-crítica, uma vez que esta   concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma forma solta isolada. É condição de sua existência e articulação com uma concepção pedagógica progressista”. (Luckesi 2003, p.82)

             Este tipo de avaliação é utilizado objetivando determinar a forma pela qual o educador deverá encaminhar, através do planejamento, sua ação educativa. Estabelecerá os marcos  para tornar o processo de aprendizagem mais exeqüível e eficaz. Pode ser considerado como sendo o ponto de partida para todo trabalho a ser desenvolvido pelo educador. Em função de ocorrer antes e durante o processo ensino-aprendizagem e tendo diferentes finalidades. Sendo realizada antes do processo, objetiva sondar se o aluno apresenta os comportamentos necessários para que a aprendizagem possa ser iniciada. Ocorrendo durante o processo, será utilizada para identificar as causas das falhas de aprendizagem e possibilitar a implementação de recursos para corrigi-las.

            Podemos observar que a avaliação diagnóstica possui três objetivos. O primeiro, é identificar a realidade dos alunos que irão participar do processo. O segundo, é verificar se os alunos apresentam ou não habilidades e/ou pré-requisitos para o processo. O terceiro propósito está relacionado com a identificação das causas, de dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim o educando poderá rever sua ação educativa para sanar os problemas.

b)  A  avaliação  formativa  é aquela  com  a  função controladora sendo realizada   durante   todo  o  decorrer  do   período  letivo, com o intuito de  verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos. Logo, a a avaliação formativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de prosseguir para uma outra etapa subseqüente de ensino-aprendizagem, os objetivos em questão. É através  da avaliação formativa que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para um estudo sistemático. Essa modalidade de avaliação é orientadora, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor . É motivadora porque evita as tensões causadas pelas avaliações.

      Pellegrini  (2002, p.26)  informa que:   “No   modelo  de avaliação, a ênfase
está no aprender, gerando uma mudança em todas os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividades e o próprio jeito de avaliar a turma. Na avaliação formativa não há como pressuposto ou premiação. Prevê que os estudantes possuem processo e ritmos de aprendizagem diferentes”.

A avaliação formativa permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, orientando-o na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Ela deve ser planejada em função dos objetivos, deste modo o docente continuará seu trabalho ou irá direciona-lo, de modo que a maioria dos alunos alcance. “Ë formativa no sentido em que indica como os alunos se modificando em direção aos desejados”. (Bloom,  Benjamin 1971). Logo, para que a avaliação formativa possa se processar, devemos:

- Saber   o   que   se   quer  avaliar e a finalidade dos resultados.   Nesse sentido  deve-se  avaliar  os objetivos atingidos pelos alunos e quais os resultados que alcançaram;

- Obter as  evidências que  descrevem   os  eventos  que  nos   interessa. Goldberg (1978, p.15), faz a  seguinte   argumentação: “A   avaliação educacional é o processo de coletar, analisar  e  interpretar evidências relativas à eficácia e eficiência de programas educacionais”.

- Determinar    critérios    conforme    os    níveis   de   aproveitamento   e
               diagnosticar  os  resultados  corrigindo as falhas do  processo    ensino-
              aprendizagem. Landsheere (1976, p. 254),  faz  a  seguinte explanação:
               “Seja  qual  for,  a avaliação  formativa  tem  por  único fim reconhecer
               onde  e  em  que o aluno sente dificuldade e procurar informa-lo.  Esta
               avaliação    não   se   traduz   em nota, nem muito menos em “scores”.
               Trata-se de um “feedback  para o aluno e para o professor”.

 - Emitir  um   juízo   de valor  que sirva de base para ações futuras. Neste
              aspecto, Nérice (1992) faz a seguinte consideração:

“Avaliação é o processo de ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido durante um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Pode-se dizer, então, que não pode haver avaliação sem que antes tenha havido verificação. Verifica-se antes de avaliar. Uma prova, seja de que modalidade for, tem por objetivo fornecer dados sobre os quais se possa emitir um juízo de valor”. Nérice (1992. p. 311).

 De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é determinado que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Nesse sentido a avaliação é um meio ou instrumento de controle da qualidade objetivando um ensino de excelência em todos os níveis de todos os cursos.

c) A avaliação somativa  tem por função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino, classificando os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.
 
No momento atual a classificação do aluno se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por parâmetro os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa “objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso”.  Essas três formas de avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência do sistema de avaliação e a excelência do processo ensino-aprendizagem.
 
 
 
 

A avaliação diagnóstica fornece ao educador informações para que possa por em exercício a idealização de forma adaptada às características de seus educandos.
A avaliação é formativa no significado de que aconselha como os alunos estão se transformando em direção aos objetivos almejados. Nessa modalidade, o educador acompanha o estudante metodicamente ao longo do processo educativo, podendo saber, em determinados períodos, o que o aluno já aprendeu em face dos escopos indicados, ou numa analise crítica à educação tradicional, em face dos conteúdos trabalhados.
A avaliação somativa promove a definição de escopos, freqüentemente se baseia nos conteúdos e procedimentos de medida, como provas, teste objetivo, dissertações-argumentativas. Colabora para a avaliação somativa, tanto a avaliação diagnóstica quanto a avaliação formativa, que a avaliação da aprendizagem é um ciclo de intervenções pedagógicas de um mesmo processo.