domingo, 26 de outubro de 2014

                                COMENTÁRIO CRÍTICO 


O Livro Escola, currículo e avaliação, organizado por Esteban, tem o objetivo de promover uma compreensão de que o processo avaliativo está vinculado à relação inclusão – exclusão escolar e social, o que nos faz refletir que os modelos oficiais de avaliação externa por parte do MEC são modelos hegemônicos de avaliação e, portanto, estão alinhados a concepções excludentes do ser humano, de relações sociais, de práticas pedagógicas e da dinâmica escolar. 
A contribuição dos autores com suas teses sobre avaliação na escola nos deixa “pistas e recomendações” para que o processo de avaliação possa e deva vincular-se aos processos desenvolvidos sob a ótica da emancipação social, sendo indispensável a nós, gestores e professores, em qualquer nível de ensino e local de atuação, assegurar estratégias e movimentos para que as práticas de avaliação escolar sejam democratizadas, no sentido de proporcionar espaços significativos para um diálogo profundo num processo coletivo plural, a fim de que os resultados avaliativos possam ser compartilhados entre os sujeitos nele envolvidos. O acesso, a permanência e o sucesso escolar precisam, de fato, serem “verdadeiramente eficazes”. A possibilidade existe porque fazemos parte de ampla rede de educadores que sonham e que têm esperança pelo surgimento de uma escola articulado ao projeto de emancipação social do ser humano, como bem nos ensina a obra organizada por Esteban e que nos alerta para:” é preciso uma redefinição metodológica da avaliação para acompanhar a transformação epistemológica que a emergência de novo paradigma requer e se faça presente na escola” (2005, p. 31). 
É importante esclarecer que optei por elaborar a resenha da obra datada de 2005 e em sua 2ª edição, por ser uma obra que considero inédita no campo da avaliação educacional, ao ponto de recomendar sua leitura a todos os gestores, professores, professoras, pesquisadores e pesquisadoras que atuam na educação infantil, no ensino superior e na pós-graduação lato e stricto sensu. Uma obra que surpreende pela riqueza das fontes e pelo conjunto das informações, e por isso mesmo assinala as possibilidades de transformações profundas no modo de pensar, agir e realizar as práticas de avaliação na escola. 

Referência:http://dialogoseducacionais.semed.capital.ms.gov.br/index.php/dialogos/article/viewFile/18/45

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